sábado, 21 de março de 2009

Refletindo: a identidade do professor e sua aprendizagem


Considerando a sociedade do conhecimento, em que novas demandas e competências ao educador são exigidas, novas habilidades e formas de realizar o trabalho pedagógico são necessárias, é importante que nós professores, repensemos a cada dia nossa prática pedagógica, revendo aquilo que sabemos e aquilo que precisamos saber, nos desafiando a conhecer/enfrentar situações inovadoras que chegam às escolas e fazem parte da vida das pessoas.
A tarefa do educador é promissora, árdua e desafiante. A ele cabe a função insubstituível de desenvolver o indivíduo como pessoa, cidadão e profissional competente. Formar, adaptar, transformar, construir e evoluir são alguns dos verbos que definem o papel de atuação multiplicadora na vida das pessoas e da sociedade. Por qualquer um deles, no entanto, será sempre possível identificar e avaliar a contribuição de educadores na realização dos indivíduos e no progresso do seu tempo.
Conviver é uma arte, sentimos isso dentro do nosso lar, no grupo de amigos, no trabalho, enfim, em toda a parte. Conviver com crianças e adolescentes e, ainda, com a tarefa de auxiliá-los a evoluir intelectualmente e moralmente é um desafio do tamanho do mundo. Mas, também é muito prazeroso, pois nesta interação existe troca constante, onde todos aprendem.
Professor é mestre! Além de construir conhecimentos, assume diversos papéis na sala de aula, procurando a melhor forma para fazer germinar a semente do saber em cada aluno, privilegiando um processo de ensino-aprendizagem que realmente considere e respeite os princípios éticos e humanos de cada ser, tornando o fazer pedagógico mais eficaz, atraente, significativo e prazeroso.
A cada dia nos propomos a diferentes experiências, novos desafios e obtemos os mais diversos resultados, alcançando os objetivos aos quais nos propomos ou parte deles. Cabe a cada um de nós, educadores, repensarmos constantemente nosso fazer pedagógico para que o processo ensino-aprendizagem torne-se cada vez mais significativo e a escola possa se transformar num lugar mais “real”, mais acessível, podendo ser diferente, divertida, não sendo o lugar das informações prontas, das verdades absolutas. Um lugar onde se possa construir, questionar, pensar, enfim, colocar em prática a velha história de aprender a aprender e que esse aprender seja um prazer, em que a troca de informações e a construção de saberes sejam atividades constantes num mundo digital.
Refletindo sobre a identidade do professor e sobre a própria aprendizagem, percebe-se que a aprendizagem está se tornando uma atividade contínua ao longo da vida e o professor, não diferente das outras pessoas, sente a necessidade de estar aprimorando-se constantemente como forma de se manter atualizado e de vencer novos desafios. Uma boa parte dos profissionais da educação estão inteiramente envolvidos no trabalho que desenvolvem na escola, mergulhados na situação colocada a sua frente, dando o máximo e o melhor de si, proporcionando formas diferenciadas e experiências de aprendizagem, trabalhando com o potencial de cada indivíduo, valorizando e considerando as experiências prévias, num quadro de inclusão e de multiculturalidade. Já outros utilizam formas obsoletas e tradicionais para ensinar, acreditando que “professor é aquele que ensina e aluno aquele que aprende”, pois a nossa cultura, a escola, os meios de comunicação acabam reforçando a atitude de receptor-passivo, produto de um sistema educacional que funciona com base na transmissão de informação.
O educador do futuro precisa conhecer seu aluno, como ele pensa e age diante de desafios, a realidade onde vive e, conhecer a si próprio, suas limitações e habilidades, estimulando a aprendizagem ao longo da vida, resgatando as potencialidades que ele e seus alunos têm para aprender, num ambiente colaborativo, podendo colocar em prática esses potenciais de modo consciente.
A própria prática do educador é fonte de reflexão e de construção de conhecimento, considerando uma prática comprometida com a função que desempenha. A formação inicial do professor, por mais indispensável que seja e por melhor qualidade que tenha, é intrínsecamente inacabada. Assim, o professor tem de buscar atualizar-se constantemente e ser sobretudo um mediador no processo ensino-aprendizagem, processo altamente complexo em uma sociedade marcada pela desigualdade social como a nossa. A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizador e socializador, e a formação deve prever tempos e espaços curriculares para a interação e o trabalho coletivo.

2 comentários:

MARIA DO CARMO disse...

oi colega.
Ótimo teu texto.
Muito verdadeiro.
Parabéns
Bjs

Unknown disse...

um ótimo texto,pois diz
a realidade das escolas.